quinta-feira, 28 de março de 2013

Terceira rodada da Taça Rio- Vasco e Fla sofrem, Flu, numa boa

A rodada dessa quarta, a terceira da Taça Rio, proporcionou sentimentos distintos para os torcedores de Vasco, Fluminense e Flamengo. Vamos a uma breve análise de cada uma dessas equipes.

                                                                Vasco 0x0 Olaria

O problema do time da colina não é e nunca foi treinador (apesar de concordar que Gaúcho não era o melhor nome). A verdade é que o elenco do Vasco é limitado.

Paulo Autori estreou com pouco tempo de trabalho e já pressionado pelas três derrotas consecutivas. Talvez por isso, e pelas dimensão acanhada do campo de Moça Bonita, ele tenha optado pela escalação de Felipe Bastos, dono de um potente tiro de longa distância.

Porém, ao barrar Pedro Ken, Autuori sacou o mais regular jogador do seu time. Como consequência, o primeiro tempo do Vasco foi horroroso. Na etapa final, o treinador corrigiu seu erro e, num passe de mágica, sua equipe subiu de produção.

Mesmo sem agradar seus torcedores, o time cresceu, pressionou e teve chances de vencer. Acontece que, quando a fase é negra, nada dá certo. Éder Luís desperdiçou uma oportunidade incrível. Carlos Alberto, Tenório, Sandro Silva, ninguém esteve bem.

Praticamente eliminado do carioca, resta ao Vasco tentar arrumar a casa para a disputa do brasileiro. Todavia, nem isso será uma tarefa fácil. Não existe dinheiro para contratações, Dedé deve ser negociado em breve e nem mesmo as categorias de base o time pode recorrer. O sofrimento em São Januário parece que irá continuar por algum tempo.

                                                              Fluminense 3x1 Macaé

A vitóri tricolor foi importante, não só pra colocar o time na liderança provisória do grupo (o Resende joga amanhã). A partida valeu também para mostrar que exsite alternativa para os medalhões.

A má fase de Deco, Edinho, Sóbis, Valencia e outros jogadores importantes na recentes conquistas estavam começando a afetar o time, que não só não atuava bem, como não vencia. As entradas de Marcos Júnior, Rhaynner e, especialmente, Michael, mostraram que não só existe uma alternativa, uma sombra aos titulares, como também para provar que o trabalho de base de Xerém vem sendo muito bem realizado.

Falando do jogo, obviamente que Michael, autor dos três gols, tinha tudo para ser o assunto principal desse post. Afinal, o garoto mostrou oportunismo, faro de gol e boa técnica. Contudo, Rhaynner e seu jejum de gols que já dura mais de dois anos será destacado. O atleta é adorado pela torcida, por sua entega e perseverança, mas,novamente se candidatou a cobrar um pênalti e irritou Abel Braga.

O fato é que sua atitude e a cobrança desperdiçada devem estar fazendo Abel se perguntar se o time (que quer ajudar Rhaynner a voltar a balançar as redes) deverá ceder a pressão das arquibancadas e deixar quem treinou bater as penalidades.

De qualquer forma, a atuação dos jovens serviu de alerta aos consagrados medalhões, que parecem mais preocupados em atuar fora de campo do que dentro das quatro linhas. Cuidado, não se acomodem porque tem um jovem com olho de tigre atrás da sua vaga.

                                                       Flamengo2x1 Bangu

Não gostei do início de Jorginho no comando do Flamengo (apesar de ter aprovado sua contratação). Na estreia, treinou no 4-2-3-1 e escalou no 4-4-2. Hoje, apesar de ter voltado a seu esquema favorito, escolheu as peças erradas.

Primeiro, Renato Santos não pode ser reserva da zaga. Alex Silva está fora de forma e é lento por natureza (até por seu tamanho) e Wallace é limitado. Luiz Antônio também não é, nem nunca será lateral. Apesar de bom nas incursões pelo lado direito, ele não sabe marcar, fica perdido nas cobertuas e o cruzamento é deficiente. Diante desse quadro, ele poderia ser utilizado como ala, num esquema com três zagueiros.

Segundo, Elias, apesar de ter sido escalado como segundo volante, onde não rende tanto, foi o melhor jogador na primeira etapa. Quando foi deslocado para a lateral direita, mostrou conhecimento tático de posicionamento, mas sua atuação caiu demais. Depois, Carlos Eduardo segue sem ritmo e sem vontade de jogar. Rafinha parece ter imunidade e, mesmo longe de seus melhores dias, nunca é substituído. Gabriel mostrou personalidade, tentou as jogadas individuais, mas mostrou dois defeitos: precisa melhorar a finalização e o preparo físico, pois morreu na etapa final.

Na frente, Hernane é titular por falta de opção. Apesar de artilheiro do campeonato, ele atrapalha a maioria das jogadas, já que não consegue fazer o pivô e erra passes demais. Além disso, a falta de velocidade também prejudica o sistema de jogo veloz que a equipe tenta imprimir.

Não vou nem comentar as escalações de Amaral e a entrada de Renato Abreu. Agora, temos que adimitir que Jorginho acertou ao colocar em campo Nixon e Rodolofo (outro que, nesse time não pode ser reserva). Foi devido graças a esses dois jogadores e raça, tipicamente rubro-negra,que a equipe chegou a virada. Muito pouco para pensar em um resto de ano tranquilo....

OBS: A escalação que eu sugiro, no 4-2-3-1, sem um centroavante de ofício e aproveitando-se da juventude e velocidade seria: Felipe, Leo Moura, Gonzales, Renato Santos e João Paulo, Cáceres, Elias, Rafinha, Rodolfo e Gabriel, Nixon.






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