domingo, 21 de março de 2010

Dia de crises no Rio e em São Paulo

A abertura da rodada do fim de semana no futebol brasileiro levou duas grandes torcidas ao desespero. Palmeiras e Vasco perderam seus jogos, entraram em crise e, pior, podem ter complicado de vez as suas classificações para as semifinais.
Palmeiras 0x2 Ponte Preta
No Palestra Itália, o verdão até começou bem. Jogou muito e pressionou seu adversário durante 15 minutos. Nesse período, obrigou o goleiro da Ponte, Eduardo Martini a fazer pelo menos 3 defesas difíceis, fazendo com que a torcida que lotava o estádio acreditasse na quarta vitória seguida. Antonio Carlos abriu Diego Sousa pela Esquerda para se juntar a Armero e Claiton Xavier pela direita(onde ele não tinha o apoio do improvisado lateral Márcio Araújo). E o jogo, pelo menos no início, fluiu bem.
O que se viu depois disso porém, foi um Palmeiras lento, errando muitos passes. O time de Campinas acertou a marcação e o jogo ficou chato, amarrado. No segundo tempo, Sérgio Soares sentiu que dava para ganhar a partida. Colocou Finazzi e avançou sua equipe.
O nervosismo foi tomando conta do alviverde. Era nítido que a Ponte faria seu gol. E o zagueiro Diego e Finazzi marcaram e custaram ao time de Antonio Carlos mais uma derrota em casa. O atacante campineiro ainda desperdiçou um penalti, bem defendido por Marcos. Agora resta acertar a equipe para o Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, pois o Paulistão, já era...
Olaria 1x0 Vasco
E a crise em São Januário continua. Mais uma derrota, e, o que é pior. Mais uma péssima partida da equipe(só se salvaram os primeiros dez minutos).
Forçando o jogo pela direita, com Philipe Coutinho e o apoio constante de Élder Granja, o Vasco apertava e contava com os muitos erros de passes do Olaria. Mas foi só a equipe da Rua Bariri botar em prática a velocidade de seus atacantes(Aléíslon, Ararurama, Cacá), para, assim como havia acontecido no clássico da semana passada(quando Vinícius Pacheco e Vágner Love levaram a loucura os pesados zagueiros vascaínos), o pesadelo voltar.
E foi assim, contando com a velocidade contra a lerdeza dos defensores, que Cacá abriu o placar, em grande jogada de Aleílson. E o Olaria ainda desperdiçou pelo menos duas boas chances depois do gol.
Mancini sacou então o zagueiro Gustavo e botou Souza. Saiu do 3-5-2 e passou a jogar no 4-3-2-1. Porém, na prática, nada mudou.
O segundo tempo foi disputado da mesma maneira. O alvingero tentando, muito mais na base da raça e do individualismo e o Olaria sempre mais presente e perigoso nos contra-ataques. A vergonha vascaína poderia ter sido maior, se o árbitro tivesse validado o segundo tento de Cacá na partida(a bola, ao meu ver, cruzou a linha e entrou).
Com a partida se aproximando do fim e com a impaciente e insatisfeita torcida pegando no pé dos jogadores e treinador, o descontrole emocional do Vasco ficou claro quando Souza deu um pontapé em um atleta do Olaria e foi justamente expulso.

De qualquer forma, o Olaria venceu, com méritos e quebrou um tabú que já durava 39 anos sem vitória sobre o Vasco. A equipe de Mancini, que já balança no cargo, mas ainda não caiu, sente demais a falta de seu capitão Carlos Alberto. Mas nada pode servir de desculpa para um futebol tão ruim que vem sendo apresentado nas últimas partidas...