quarta-feira, 23 de junho de 2010

Copa 2010- Jogos de Terça 22-06- Grupo B

                                                                        Coreia do Sul 2x2 Nigéria
-A Nigéria foi mais uma Seleção Africana a decepcionar na Copa. Escalada em um 4-4-1-1, com Yakubu com seu único atacante, a equipe atacou, aliás como em todos os jogos da primeira fase, mas pecou nas finalizações.
-Já a Coreia atuou em um 4-2-3-1 no qual se destacavam o meia Park Ji-Sung e o atacante Chuyong. Apesar dos sustos, a equipe garantiu a classificação para as oitavas de final e enfrentará agora o Uruguai.
-O gol que Yakubu perdeu entrará para a história como um dos gols mais feitos perdidos em todas as Copas. Mesmo que ele tenha convertido o penalti depois, aquele tento acabou sendo a diferença entre a sonhada classificação e a real eliminação...
-De qualquer forma, mais uma vez de uma partida da qual não se esperava muita coisa, saiu um grande jogo de futebol. Ah se todos os jogos da Copa fossem como esse...

                                                               ARGENTINA 2 X 0 GRECIA 
Análise tática por Renato Zanata Arnos

Em sua última partida pela 1ª fase da Copa do Mundo, a seleção argentina foi a campo com apenas 4 titulares e distribuída no 4-3-1-2.
A celeste y blanca terminou a partida com 67% de posse de bola contra 33% da seleção grega.
 Literalmente plantada do outro lado do campo, a Grécia sem a posse de bola se apresentou num 5-4-1, congestionando a meia cancha e isolando na frente o atacante Samaras, apostando no mano a mano do camisa 7 grego com o fraco Martín Demichelis.
O trio de meio campo da seleção albiceleste, Bolatti, Verón e Maxi Rodriguez, inverteram o posicionamento por vários momentos da primeira etapa, principalmente ‘La Brujita’ e Maxi.
Aguero que começou a partida pelo lado esquerdo do ataque, passou a recuar para buscar jogo pelo lado direito e por ali conseguiu com que a seleção argentina levasse perigo pela 1ª vez ao gol grego. Entrou em diagonal com velocidade e bola dominada e quase abriu o placar aos 17 minutos de jogo.
Em minha opinião, Juan Sebastian Verón foi o grande nome da partida, errando pouquíssimos passes, com ao menos sete ótimas assistências que geraram boas chances de gol e exerceu com maestria o papel de organizador do jogo, cadenciando e acelerando as ações de acordo com os interesses da albiceleste na partida.
Considero que o placar de 2 a 0 foi um resultado muito bom na medida em que o contexto do jogo apresentou uma seleção argentina já praticamente classificada, com sete nomes diferentes em comparação aos titulares que foram a campo nas duas primeiras rodadas da Copa, diante de uma seleção grega abdicando de atacar mesmo precisando em determinado momento do jogo de apenas uma vitória simples para se classificar a próxima fase.
Diagrama tático 1 – Argentina no 4-3-1-2 e o atacante grego Samaras, que isolado na frente, tentava aproveitar as bolas rifadas por seus companheiros para explorar o setor defendido pelo limitado zagueiro argentino, Martín Demichelis.


No segundo tempo, com as entradas de Di Maria em lugar de Maxi Rodriguez e Javier Pastore no lugar de Sergio Aguero, a seleção argentina passou a jogar no 4-2-3-1.
Um doble 5 (dois volantes pelo meio da cancha), com Verón jogando a frente do camisa 5 Mario Bolatti.
A frente da dupla de volantes centrais Bolatti e Verón, Messi se apresentou mais a direita fazendo ótimas jogadas com velocidade em diagonal; Pastore pelo meio e Di Maria pelo lado esquerdo. Na frente apenas Milito e depois Martin Palermo.


O camisa 20 Maxi Rodriguez enquanto esteve em campo, se resumiu a função tática de ocupar e proteger o lado direito argentino em auxílio ao duble de lateral, Nicolas Otamendi, jovem zagueiro do Velez Sarsfield. Com Maxi em campo, La Brujita Verón ficou sobrecarregado se deslocando pelos dois lados do campo para fazer a bola rodar e o time andar.
Javier Pastore ao entrar aos 31 minutos do segundo tempo, não apenas deu maior velocidade na transição de jogo da meia cancha para o ataque, como também passou a dividir com Verón a tarefa de armar as jogadas da albicelete devido à ótima visão de jogo e qualidade de seu passe. 

Renato Zanata Arnos , é  pesquisador e  analista tático do futebol Argentino, colunista do site Argentinofc e blogueiro do   Futebol Argentino http://globoesporte.globo.com/platb/futebolargentino




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