A triste sina do Galo- Atlético-mg 0x1 Cruzeiro

 Não há mal que dure para sempre. A torcida do Galo precisa mais do que nunca acreditar nesse ditado popular. Afinal, no clássico disputado hoje em Sete Lagoas, mais uma vez seu time foi melhor, mas quem venceu foi o Cruzeiro.
 Não existe uma explicação racional para tal tabú. Na partida de hoje, as duas equipes entraram em campo com os mesmos esquemas, o 3-5-2. A grande diferença foi a presença de Fabinho como líbero pelo lado Cruzeirense. Ele deu liberdade ao apoio dos laterais Diego Renan e Jonathan.
 Luxemburgo, por sua vez, apostava na movimentação constante de João Pedro, Ricardinho e Diego Sousa que jogavam mais atrás, com intensa movimentação, tentado servir o artilheiro Diego Tardelli.
 E, realmente, o Galo foi muito superior. Só que mais uma vez, dava azar nas conclusões. Era um tal de Fábio fazer defesas milagorosas, a bola bater na trave, os atacantes se enrolarem na hora do arremate final. De tanto perder oportunidades, um outro ditado popular se fez presente no estádio. Quem não faz, leva. Wellington Paulista acertou um petardo de longe no angulo de Fábio Costa.
 A partir deste momento, o Atlético apesar de seguir tendo as melhores oportunidades, se perdeu na partida. Ricardinho não criava e tão pouco marcava. As suas costas Marquinhos Paraná e Fabrício tinham toda a liberdade para armar o Cruzeiro. Luxa até tentou corrigir isso ao colocar em campo Zé Luis. Porém, o estrago já estava feito.
 Nem mesmo a expulsão do zagueiro Gil, já no final da partida, foi capaz de dar alguma vantagem ao Galo. Ficou a impressão de que a Raposa só não venceu por um placar mais confortável porque atuou sem seus principais armadores, que estão lesionados (Roger e Gilberto). Cuca apostou em vários volantes e em Éverton para criar. Como se viu, apesar da vitória, eles muito pouco fizeram nesse quesito.
 Resta agora ao Atlético, tentar juntar os pedaços depois de mais uma derrota para seu maior rival, e jogando melhor do que o adversário. A fanática torcida Alvinegra agradece o fato de só haver mais um clássico este ano. Caso contrário, a triste sina do seu time provavelmente se tornaria ainda maior...