quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Agonia e êxtase


                                                                         Agonia

No apertado campo de Conselheiro Galvão, o renovado e desfalcado Flamengo nao teve competência suficiente para vencer o Madureira. O resultado serviu para frear a euforia que já tomava conta de parte da torcida. Ainda há muito o que se fazer na Gávea, mesmo com a nova diretoria agindo com correção e discrição fora das quatro linhas.

A partida começou com o Fla tentando se acostumar ao calor e as dimensões reduzidas do alçapão suburbano. As melhores jogadas saiam pela direita, com boas tabelas entre Leo Moura e Rafinha. Faltava, entretanto, capricho na última bola. Ibson e Rodolfo eram os melhores em campo. E foi deles a jogada do gol, marcado pelo camisa sete. Ao não comemorar, Ibson demonstrou insatisfação com a forma profissional que o clube vem sendo gerido. Perdeu boa oportunidade de ficar calado.

Na etapa final, o rubro-negro caiu assustadoramente de produção. O Madureira aproveitou-se disso, cresceu e passou a mandar na partida. O empate veio através de um pênalti bobo cometido pelo jovem Felipe Dias. Assim como no primeiro tempo, o Fla só jogava pelo lado direito, deixando Nixon e depois Adryan abandonados na esquerda. Sem ter mais forças, o empate acabou sendo o resultado mais justo. Parece que a agonia ainda vai demorar um tempo pra passar.

                                                                       Êxtase

A noite, em partida que comentei pela Rádio Vavel Brasil, o São Paulo praticamente garantiu sua vaga na fase de grupos da Libertadores, com uma goleada por 5 a 0 sobre a fraca equipe do Bolívar.

Atuando em um 4-2-1-3, com Denílson e Welington na proteção a zaga, Jádson na armação, Aloísio pelo lado direito, Osvaldo no esquerdo e Luís Fabiano centralizado,o tricolor tirou partido da maração em linha da zaga boliviana para, com velocidade e penetrações, deitar e rolar. Méritos para Ney Franco que sacou o cerebral, porém lento Ganso e optou pela velocidade. Assim, não foi surpresa que o primeiro tempo tenha terminado com 3 a 0 para o São Paulo.

Mesmo tirando nitidamente o pé do acelerador na etapa complementar, o tricolor, quando quis, acelerou o jogo e marcou mais duas vezes. O que chama mais atenção foi o fato do time paulista não ter nem sequer jogado tão bem assim. A diferença técnica entre as equipes é colossal. Mesmo sem forçar o ritmo, a goleada veio ao natural.  Na semana que vem, na altitude de La Paz, o São Paulo pode até perder o jogo, mas não perderá a sua classificação.

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