quinta-feira, 16 de junho de 2011

Copa America de 87- Mesmo com Maradona, é a Celeste quem manda na América do Sul

                                                    O pré-torneio

A  33ª edição da Copa América foi realizada em 1987 e esteve cercada de expectativas. Ao contrário dos torneios anteriores, esta competição foi inteiramente realizada na Argentina. Aliás, os anfitriões estavam entusiasmados com a sua seleção. E não era para menos, afinal os Hermanos contavam com Diego Armando Maradona, além da base da equipe que fora campeã mundial no ano anterior, no México.

Mas não eram apenas os Argentinos que estavam entusiasmados com seu time. Os Uruguaios queriam vingança da derrota nas oitavas de final da Copa de 86 e queriam mostrar que, Maradona a parte, ainda mandavam na América do Sul (vale lembrar que a Celeste era a detentora do título do torneio). Já o Brasil vivia uma entresafra. O técnico Carlos Alberto Silva tentava fazer uma renovação, visando os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988. A torcida Canarinho queria esquecer os fracassos das últimas Copas do Mundo. Com todos esses ingredientes, a Copa América de 87 era uma das comeptições mais aguardadas dos últimos anos.

                                                                 A Competição
O regulamento previa três grupos, com três seleções em cada. Apenas o vencedor de cada chave se classificava para as semifinais, onde já estaria esperando o Uruguai, campeão da edição de 1983.

                                                                Grupo A

A partida de abertura foi jogada no dia 27 de Junho e para decepção dos seus fanáticos torcedores, os anfitriões penaram para empatar com o Peru, por 1x1. No dia 2 de Julho, Maradona comandou a sua seleção na vitória por 3x0 sobre o Equador. Dois dias depois, a vaga dos Hermanos era garantida depois do empate por 1x1 entre Peru e Equador.

                                                              Grupo B
No dia 28 de Junho, foi a vez da estréia da Seleção Brasileira. Diante da frágil Venezuela, o time não teve problemas em chegar aos 5x0, com gols de Edu Marangon, Moravic (contra), Careca, Nelsinho e Romário. O técnico Carlos Alberto Silva escalou o Brasil com a seguinte formação. Carlos, Josimar, Geraldão, Ricardo Rocha e Nelsinho, Douglas (depois Silas), Raí e Edu Marangon, Muller (depois Romário), Careca e Valdo.

No dia 30, o Chile jogou apenas o suficiente para derrotar a fraca Seleção do Vino Tinto, por 3x1. Como possuia um saldo de gols melhor, bastaria ao Brasil empatar com o Chile para assegurar a vaga na semifinal. Bastaria...

O dia 3 de Julho entrou para a história do futebol Brasileiro como uma das maiores vergonhas da nossa seleção. Apática, desunida (o atacante Mirandinha ameaçou abandonar a concentração, revoltado com a reserva e o zagueiro Júlio César, denunciou um complô para favorecer o baixinho Romário, que nem titular era). Além disso, o grupo não acertou com a CBF os valores da premiação. Com tudo isso, não foi surpresa ver o resultado final do jogo. Muller perdeu duas oportunidade e Careca uma. Até que Basay abriu o marcador para os Chilenos. Quando Geraldão substituiu Ricardo Rocha no intervalo, a coisa desandou de vez. Com a zaga batendo cabeça, Letelier marcou duas vezes e Basay completou o marcador. Toda a discussão havia sido inútil, quem seguia para a semifinal era o Chile.

                                                                      Grupo C
No dia 28 de Junho, Paraguai e Bolívia fizeram uma partida medíocre. O resultado de 0x0 mostra bem a pobreza da partida. Três dias depois, a Colômbia, que começava a mostrar ao mundo a melhor geração da sua história, fez 2x0 sobre a Bolívia. No dia 5 de Julho, novo show Colombiano, 3x0 sobre um fragilizado Paraguai e vaga assegurada nas semifinais.

                                                                    As Semifinais
A primeira semifinal foi realizada no dia 8 de Julho e contou com a participação das zebras da competição. Enquanto todos esperavam que Brasil e Paraguai jogassem esta partida, quem entrou em campo foram Chile e Colômbia. E, com a confiança em alta, os Chilenos venceram, por 2x1.

No dia seguinte, Com o Monumental de Nunez lotado, os donos da casa enfrentaram o Uruguai, no jogo mais aguardado da competição. Maradona foi muito bem marcado e não conseguiu render tudo que podia. A Celeste jogou fechada na defesa e explorando os contra-ataques. E conseguiu vencer o jogo por 1x0. Os Hermanos estavam fora da decisão.

                                                             A disputa do Terceiro Lugar
Para frustação da torcida, a Argentina teve que entrar em campo no dia 11, para disputar o terceiro posto da Copa América, enfrentando a Colômbia. Desmotivados e com várias alterações no 11 inicial, os anfitriões mais uma vez jogaram mal e acabaram derrotados pelos Colombianos, que festejaram muito a vitória, por 2x1.

                                                          A Final
No dia 12 de Julho, O Uruguai entrou em campo como favorito diante do Chile. E não decepcionou a sua torcida, que atravessara a fronteira para assistir a decisão. O jogo em si foi feio, amarrado, com muitas faltas e pouco futebol. Mas o que passa para a história é o placar final de 1x0 para os Uruguaios, que chegaram assim a décima-terceira conquista da Copa América e mostraram que apesar de Maradona, quem mandava no futebol da América do Sul eram eles.

Espero que tenham gostado desse post e em breve, retorno com a história da Copa América de 1989. Abraços a todos.

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