domingo, 13 de fevereiro de 2011

Temos tempo para melhorar.

Foi uma conquista mais do que merecida. O Brasil teve o melhor time, foi a equipe que jogou o futebol mais bonito de se ver, etc. Porém, não podemos deixar que a goleada de ontem frente ao Uruguai e nem mesmo o fato de termos sido novamente campeões, nos deixem enganar,

Quem acompanhou o Sulamericano ou Pré-Olimpíco sabe que o time de Ney Franco chegou a conquista muito mais na base dos talentos individuais de jogadores fora de série, como Neymar e Lucas (esse, o nome da goleada de ontem), do que propriamente como equipe.

E olha que tempo, tivemos de sobra (quase dois meses juntos) para montar uma Seleção entrosada, com jogadas ensaiadas e que pudessem fazer o individual brilhar ainda mais, em cima de um coletivo forte. Não foi isso o que aconteceu em Tacma ou em Arequipa.

É claro que muitos jogadores desse grupo não estarão no ano que vem em Londres tentando o inédito Ouro olimpíco para o Brasil. Inegavelmente, a presença de atletas mais rodados como Ganso, Pato e até a presença de 3 acima dos 23 anos será importante para que finalmente passemos a jogar de maneira coletiva, deixando o futebol dos craques aparecer naturalmente.

O perigo, e acho que esse foi o grande alerta que a competição no Peru nos deixou, é achar que o individual irá sempre prevalecer. Nem sempre Neymar ou Lucas ganharão os jogos sozinhos. Tempo ainda existe, basta sabermos reconhecer nossos erros enquanto ainda podemos.
Esquema antes da expulsão de Saimon, Fernando protege a cabeça da área, Casemiro tanto marca como se apresenta a frente. Lucas joga abareto pela direita, Oscar fica mais centralizado e Neymar joga aberto pela esquerda, em um posicionamento que lembra o de Ronaldinho Gaúcho no Barcelona, com liberdade para se movimentar por todo o ataque. William é o homem de referencia dentro da área.
Depois da expulsão do zagueiro Saimon, Ney Franco recuou Casemiro para ser o zagueiro, Fernando continuou como o cão de guarda da defesa. Oscar foi dar uma ajuda a Alex Sandro pela esquerda, em muitos momentos chegando até a inverter o poscionamento com o lateral do Santos. Lucas seguiu aberto pela direita e Neymar pela esquerda, infernizando a vida dos Uruguaios. William seguiu sendo a referencia.

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