Visão do Jogo- Chelsea 1x1 Bayern

                                                                  A Europa é azul

Não foi a final dos sonhos. Muito pelo contrário. Quem esperava uma decisão entre os galáticos espanhóis de Real Madrid e Barcelona, acabou frustado. Entretanto, Chelsea e Bayern fizeram uma partida, que se não foi um primor técnico, agradou pela emoção.

O time bávaro atacou desde a saída de bola, enquanto os Blues se fechavam em um 4-4-1-1 e tentavam escapulir em um contra-ataque. Por conta desta postura extremamente defensiva, pouco aconteceu nos primeiros 45 minutos.

Na etapa final, o Bayern seguiu mandando no jogo. E, quando Muller, de cabeça, abriu o placar aos 38 minutos, todos acreditavam que a fatura estava liquidada. Poderia até estar, se do outro lado não estivesse uma equipe predestinada. Aos 43, Drogba empatou a decisão. Teríamos mais 30 minutos de futebol.

No tempo extra, mais do mesmo. Bayer melhor, atacando, Chelsea se defendendo. Até que Drogba cometeu pênalti bobo em Ribery. Robben foi para a cobrança, mas Cech mostrou porque é considerado um dos melhores goleiros de todos os tempos. A equipe alemã sentiu o baque. A Champions League seria decidida nas penalidades máximas.

E foi aí que os Deuses do futebol resolveram mais uma vez premiar o goleiro Tcheco. Pior, puniram o melhor jogador do Bayern, Schweinsteiger, que mandou a última e decisiva cobrança na trave. Começava a festa de um time que superou a tudo e a todos. Pode não ter sido o time mais brilhante da competição. Porém, não podemos tirar os méritos de quem vira um confronto quase perdido diante do Napoli. Ou de quem elimina o Barcelona de Messi. Ou ainda quem vence o copeiro Bayern, em plena Munique.

É a consagração de uma geração que, muito provavelmente, jogava sua derradeira ficha. Parabéns a Terry, capitão que, mesmo sem estar em campo, tirou um peso enorme das costas, já que havia perdido a sua cobrança na decisão de 2008. A Lampard, que é a alma do time. A Cech, um goleiro como poucos. A Ramires, preterido por Mano Menezes, mas fundamental para os Blues. Para Di Matteo, um técnico que soube juntar os cacos de uma crise e montar um time vencedor. E, especialmente, para Drogba. O craque e artilheiro do time. Que de herói, quase tornou-se vilão. E que redimiu-se do erro na Copa Africana de Nações, ao marcar o tento decisivo. Sem dúvidas, está tudo azul na europa.